Foto recente do Landwehrkanal, onde, depois da execução, os corpos de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram jogados.
Du liegst im grossen Gelausche,
umbuscht, umflockt.
Geh du zur Spree, geh zur Havel,
geh zu den Fleischerhaken,
zu den Äppelstaken
aus Schweden -
Es kommt der Tisch mit den Gaben,
er biegt um ein Eden -
Der Mann ward zum Sieb, die Frau
musste schwimmen, die Sau,
für sich, für keinen, für jeden -
Der Landwehrkanal wird nicht rauschen.
Nichts
stockt.
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You lie amid a great listening,
enhedged, enflacked.
Go to the Spree, to the Havel,
to the butcher's hook,
the red apple stakes
from Sweden -
Now comes the gift-laden table,
it turns around an Eden -
The man became a sieve, the woman,
the sow, had to swim,
for herself, for no one, for everyone -
The Landwehr Canal will not murmur.
Nothing
stops.
(tradução de Susan Bernofsky com Harvey Mendelson)
ps.: a última palavra do poema não está, nem no original nem na tradução, alinhada com as demais que inciam versos. Está em disposição semelhante à da terceira palavra de cada verso. Não foi possível reproduzir esse recurso na transcrição. Para mais detalhes, checar a diagramação original no ensaio abaixo.
Versão em inglês do ensaio de Peter Szondi sobre um dos poemas do último livro de Paul Celan, Schneepart (partilha ou repartição da neve). Esse texto faz parte de uma coletênea de escritos do crítico sobre o poeta, que ainda não foi editada em Português. Formato pdf.
Parabéns pelo ótimo blog.
ResponderExcluirPoderia por gentileza voltar a disponibilizar o artigo de Peter Szondi sobre Celan ("Eden")?
Muito obrigado.