domingo, 7 de dezembro de 2008

Käthe Kollwitz


A marcha dos tecelões (1897)

Käthe Kollwitz - A revolta dos tecelões.

Gerhart Hauptmann: Os tecelões (Die Weber, 1892), peça naturalista sobre a revolta dos tecelões da Silésia em 1844. (Em inglês, Project Gutemberg)



Revolta (1899)

Käthe Kollwitz - A guerra dos camponeses.




Cena de Germinal, de Zola (1893)

Obras de Émile Zola, incluindo Germinal (Project Gutemberg).






A morte e a mulher [auto-retrato] (1910)

Outras galerias de Käthe Kollwitz: Tragédias; Auto-retratos; Mães; Mulheres; Mulheres II; Homens.




Os sobreviventes (1923)

Outras obras: Käthe Kollwitz Museum.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Por uma crítica cultural dialética

Por uma crítica cultural dialética
Iná Camargo Costa

Este texto é um resumo comentado da introdução ao ensaio “Crítica cultural e sociedade”, escrito por T. Adorno no início dos anos 60. Sua inspiração foi um ensaio dos anos 30, de Walter Benjamin, “O autor como produtor” que, por sua vez, é uma reflexão sobre a experiência de Brecht com as peças didáticas. Dada a sua genealogia, podemos assumi-lo como uma espécie de plataforma da crítica dialética.

O crime de lesa humanidade do capitalismo não é o de ter criado uma sociedade materialista onde se desejam bens de consumo, mas tê-la organizado de modo a impedir que a ampla maioria obtenha os bens de consumo que produz. Nós somos pela saciedade e contra a fome em todos os âmbitos, inclusive o da cultura.

Uma sociedade com plena consciência de si mesma não precisaria ter ideologia, necessária em sociedades como a nossa que não pode ter essa consciência, na medida em que ela contradiz seu próprio conceito, o de humanidade. No atual estágio, de acelerado descrédito do neoliberalismo (a última versão da ideologia), que entretanto não sairá de cena de bom grado, a função da cultura e da crítica prestigiadas pelo mercado e seu porta-voz, a imprensa, é empenhar toda a energia no cultivo das aparências e na ofuscação da consciência.

Por outro lado, por mais que se empenhem os interessados na preservação do estado de coisas, eles não têm como impedir por muito tempo a manifestação da cultura, da arte e da crítica dialéticas, que já estão por todo o lado e estão empenhadas, com igual ou maior energia, em forçar a sociedade a confrontar seu próprio conceito. Por isso combatem, às vezes com legítima fúria, obras e opiniões críticas que continuam afirmando falsidades como harmonia, liberdade de espírito, vida, indivíduo e seu cortejo de ilusões conexas. A crítica dialética tem o compromisso de levar a não-verdade à consciência de si mesma onde quer que ela se manifeste.

A profissão de crítico desde a origem tem um elemento de usurpação, fundado na divisão do trabalho. Este profissional, na essência, não é diferente do que fornece dicas ao mercado. Apenas atua no mercado dos produtos espirituais: como perito na especulação com as artes plásticas ou como juiz no mercado do entretenimento. A ilusão e a auto-ilusão de competência são intrínsecas ao exercício do metiê. A petulância com que é exercido na imprensa decorre da amena consciência de que o êxito do crítico, assim como o das obras, é um diploma conferido pelo mercado. Mas convenções bem sucedidas são por sua própria natureza ultrapassadas e então soa a hora em que o crítico não entende mais o que julga. É quando ele prazerosamente se deixa rebaixar aos papéis de propagandista do que permanece aferrado às convenções e de censor de tudo o que foge a elas, ainda mais feroz se a obra expuser alguma não-verdade. Consuma-se então a antiga falta de caráter de um ofício que participa do amplo trabalho de tecer o véu das aparências.

A crítica dialética empenha-se em confrontar metodicamente todas as manifestações da propaganda e da censura, em expressa aliança com a arte também dialética.

Iná Camargo Costa é professora de Teoria Literária na USP
e autora de A Hora do Teatro Épico no Brasil


Fonte: O Sarrafo, n. 1, 2003.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Rebel Girl



Elizabeth Gurley Flynn: Sabotagem, panfleto publicado em outubro de 1916 pelos Wobblies (IWW) - em português, com introdução de Iná Camargo Costa.
(Fonte: site da revista Cultura Vozes, atualmente fora do ar, mas resgatado por meio do site Internet Archive: Wayback Machine)
Original em inglês: Sabotage (no site do IWW).


Elizabeth Gurley Flynn em 1913, durante uma greve.

Memories of the Industrial Workers of the World, by Elizabeth Gurley Flynn.

Outros textos de Flynn em inglês (marxists.org)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Brecht nos EUA



Depoimento de Bertolt Brecht diante do "Comitê de atividades antiamericanas", que investigava a "infiltração comunista na indústria cinematográfica".
(Fonte: site da revista Cultura Vozes, atualmente fora do ar, mas resgatado por meio do site Internet Archive: Wayback Machine)

Arquivos sobre Brecht na página oficial do FBI, que contém também arquivos sobre Hanns Eisler.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Marcuse


Lista de obras de Herbert Marcuse, com links para alguns textos.
Outros textos de Marcuse em inglês (marxists.org)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Chvostismus und Dialektik


Ensaio de Nicolas Tertulian sobre Chvostismus und Dialektik (1925), de György Lukács: Metamorfoses da filosofia marxista: a propósito de um texto inédito de Lukács (Crítica Marxista, n. 13, 2001). Em pdf.

O escrito de Lukács foi publicado em inglês sob o título A Defence of History and Class Consciousness: Tailism and the Dialectic (Verso, 2000), com posfácio de Slavoj Žižek; e em francês sob o título Dialectique et spontanéité: En défense de Histoire et conscience de classe (Editions de la Passion, 2001), com prefácio de N. Tertulian.

Resenha de Michael Löwy sobre Dialectique et spontanéité: Lukács: un marxisme de la subjectivité révolutionnaire.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Thompson e Williams

Ensaio de Robert Sayre e Michael Löwy: A corrente romântica nas ciências sociais da Inglaterra: Edward P. Thompson e Raymond Williams (Crítica Marxista, n. 8, 1999). Em pdf.


Textos de E. P. Thompson em inglês:


Texto de Raymond Williams: Discussion method in the tutorial class.
(Fonte: página do site Informal Education, atualmente fora do ar, mas recuperada por meio do site Internet Archive: Wayback Machine).

Livro de Don Milligan: Raymond Williams: Hope and Defeat in the Struggle for Socialism (em pdf, no site Studies in Anti-Capitalism).