Artigo de Karl Kautsky - Ultra-imperialism (1914), em inglês.
O estado de guerra permanente que se confunde hoje com o mundo do capitalismo vencedor não vai mais desaguar numa guerra interimperialista entre formas rivais de acumulação como nos conflitos passados em torno da hegemonia mundial. Não ignoro que o que estou dizendo é contra-intuitivo: estão aí o cisma do Ocidente ante a guerra do Iraque; o cerco geopolítico da Rússia e da China pelos EUA; a retomada do Grande Jogo na Ásia Central; o dinheiro mundial, o dólar americano, desafiado etc. Se for para raciocinar em termos clássicos, fico com o ultraimperialismo de Kautsky, com a diferença que o governo do mundo pelos monopólios coordenados estaria encarnado no necessário poder desproporcional de um só país, que portanto atuaria privadamente na gestão do capitalismo global, inclusive como estado rentista e ultraviolento, para continuarmos no reino dos superlativos, do excessivo. (Paulo Arantes, Entrevista, 2004)
terça-feira, 17 de março de 2009
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