domingo, 11 de janeiro de 2009

Para Pensar o Brasil - Raimundo Faoro


Raimundo Faoro (1925-2003)
Os Donos do Poder: formação do patronato político brasileiro (1958 / 2ª ed., ampliada, 1975)
Machado de Assis: A Pirâmide e o Trapézio (1974)

Raymundo Faoro - Os Donos do Poder, em pdf.

"Raymundo Faoro deixou pelo menos duas obras que fazem dele um dos intelectuais mais importantes do Brasil no século 20. "Os Donos do Poder" é uma análise admirável do funcionalismo como fator decisivo não apenas na organização política e social do país, mas da própria unidade nacional. "Machado de Assis: A Pirâmide e o Trapézio" é um livro que a meu ver não teve o devido reconhecimento, embora seja um notável estudo que mostra o entrosamento da sociedade e do texto na obra do maior escritor brasileiro. Além disso, Faoro foi um grande liberal no sentido mais forte da palavra, capaz de uma visão radical da sociedade como base das condutas realmente progressistas". (Antonio Candido, Folha, 16/05/2003)

"Ele abriu uma perspectiva do passado brasileiro que não tinha sido nada explorada pelas análises anteriores. Sobretudo ele abriu um caminho oposto ao que Gilberto Freyre havia aberto no "Casa Grande & Senzala". Gilberto deu a ênfase na ação da família patriarcal na colonização do Brasil, enquanto que ele se colocou na posição oposta. Ele foi um "estatizante", no sentido de ver a importância do Estado na formação do Brasil, de modo que essas duas perspectivas sempre foram consideradas antinômicas. Uma com a ênfase no privado e a outra, no público. "Os Donos do Poder" é um dos quatro ou cinco livros essenciais para se entender o conjunto da história brasileira. É uma crítica do Estado brasileiro desde o começo da colonização. Nesse sentido, você pode dizer que é uma crítica liberal, no sentido de que não é a favor do Estado, mostrando como ele tutelou a sociedade ao longo desse período. É liberal, mas não liberalóide, não é apegada a uma versão idílica do liberalismo". (Evaldo Cabral de Mello, Folha, 16/05/2003)

Entrevista de Faoro a Marcelo Coelho (Folha, 2000).

Depoimento de Faoro sobre Sérgio Buarque: Mestre Sérgio (Folha, 2002).

Artigo de Gabriel Cohn sobre Faoro (Folha, 2003).

M. A. Azevedo Abreu - Quando o mais é menos (Perspectivas, 2006).

Leopoldo Waizbort - O enigma de Machado (Folha, 2002), sobre A Pirâmide e o Trapézio.

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