terça-feira, 28 de abril de 2009
Heinrich Heine - livro de canções.
"Que (...) as condições de receptividade da poesia lírica se tenham tornado desfavoráveis, é demonstrado por três fatos, entre outros. Primeiro, porque o lírico deixou de ser considerado como poeta em si. Não é mais "o aedo", como Lamartine ainda o fora; adotou um gênero. (Verlaine nos dá um exemplo concreto dessa especialização; Rimbaud, já esotérico, mantém o público, ex officio, afastado de sua obra.) Segundo, depois de Baudelaire, nunca mais houve um êxito em massa da poesia lírica. (A lírica de Victor Hugo encontrou ainda forte ressonância, por ocasião de sua publicação. Na Alemanha é o Buch der Lieder que estabelece a linha divisória"
Walter Benjamim.
Extraído da edição brasileira de Sobre alguns temas em Baudelaire, ensaio que faz parte do livro Charles Baudelaire - um lírico no auge do capitalismo (ed. Brasiliense)
"Quem deseja compreender seriamente a memória de Heine (...) deve falar de uma ferida; do que doi em Heine em sua relação com a tradição alemã, do que foi reprimido, especialmente na Alemanha, após a Segunda Guerra.(...)O Buch der Lieder exerceu uma influência indescritível, que se estendeu muito além do âmbito literário. Logo em seguida, a lírica foi enfim rebaixada à linguagem do jornal e do comércio.(...) Desde então a aura de Heine é constragedora, culpada, como se sangrasse. Sua própria culpa tornou-se o álibe daqueles inimigos que odiavam o atravessador judeu, e que acabaram abrindo caminho para o horror indisível.
(...)
Entre os nomes famosos da literatura alemã, Heine foi o único a conservar, em toda sua afinidade com o movimento romântico, um conceito não diluído de Iluminismo. O mal-estar disseminado por Heine, apesar de seu espírito conciliador, deriva desse clima cáustico. Com uma ironia cortez, ele se recusou a contrabandear novamente por debaixo da porta - ou pela entrada do porão da "profundidade" - aquilo que acabara de ser demolido"
(...)
Ele interpretava de tal forma o ditado goetheano da poesia de ocasião, que toda ocasião encontrava sua poesia(...)Mas essa imediatidade era ao mesmo tempo inteiramente mediada. Os poemas de Heine eram mediadores, sempre de prontidão, entre a arte e o cotidiano desprovido de sentido."
T. W. Adorno
Extraído da versão em Português de "A ferida Heine", ensaio que faz parte do livro Notas de literatura I (Editora 34, coleção espírito crítico)
Link para a tradução inglesa do Buch der Lieder de Heinrich Heine (aparentemente não há versão em PDF. É preciso abrir a página do google indicada, copiar e colar o livro.)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Wright Mills
C. Wright Mills - White Collar: The American Middle Classes (1951) [Livro conhecido em português como A Nova Classe Média]
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Max Weber
Antologia clássica de textos de Weber, editada por C. Wright Mills - From Max Weber: Essays in Sociology (1941).
Textos de Max Weber (em alemão e em inglês), incluindo A ética protestante e o espírito do capitalismo.
A ética protestante e o espírito do capitalismo [em francês]
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Edmund Wilson
Livros de Edmund Wilson (em inglês):
- Axel's Castle (1931)
- The Wound and the Bow (1941)
- Classics and Commercials (1950)
- The Shores of Light (1952)
sábado, 18 de abril de 2009
Drama Burguês
Obras de autores estudados por Peter Szondi em Teoria do Drama Burguês:
George Lillo - The London Merchant (O mercador de Londres)
Denis Diderot - Le père de famille (O pai de família)
Denis Diderot - Discours de la poésie dramatique (Discurso sobre a poesia dramática)
Gotthold Ephraim Lessing - Emilia Galotti [em inglês]
Obras de Lessing no Project Gutenberg - inclui Minna von Barnheim e Nathan, o sábio, em inglês, e Hamburgische Dramaturgie (Dramaturgia de Hamburgo), em alemão.
George Lillo - The London Merchant (O mercador de Londres)
Denis Diderot - Le père de famille (O pai de família)
Denis Diderot - Discours de la poésie dramatique (Discurso sobre a poesia dramática)
Gotthold Ephraim Lessing - Emilia Galotti [em inglês]
Obras de Lessing no Project Gutenberg - inclui Minna von Barnheim e Nathan, o sábio, em inglês, e Hamburgische Dramaturgie (Dramaturgia de Hamburgo), em alemão.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O tempo e o cão
Duas entrevistas de Maria Rita Kehl sobre seu novo livro, O Tempo e o Cão.
Entrevista publicada no Valor Econômico.
Entrevista no Blog Babel.
terça-feira, 7 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Adorno, aluno de Alban Berg I
Abaixo, acesso aos "Seis estudos para quarteto de cordas", compostos por Adorno em 1920. A gravação, realizada em 1997, é do quarteto de cordas de Leipzig, que também tem cds interpretando obras de câmara de Hanns Eisler.
I-Sehr langsam
II-Nicht zu langsam
III-Schwer und Dumpf
IV-Sehr Heftig
V-Langsam
VI-Langsam
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